Ricardo Chaves, o Kadão, nasceu em Porto Alegre, em 21 de julho de 1951.
Começou sua trajetória profissional em 1969, quando se tornou auxiliar de laboratório e, depois, fotógrafo no jornal Zero Hora. Saiu de ZH para trabalhar com Assis Hoffmann na Agência Focontexto, que atendia as sucursais de jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo na capital gaúcha. Em 1972, foi contratado como fotógrafo da sucursal do Jornal do Brasil. Dois anos depois,passou a ser freelancer para as revistas Veja, Placar e Quatro Rodas, entre outras, da Editora Abril. Na sequência, foi efetivado como fotógrafo da Veja na sucursal de Porto Alegre. Em 1981, transferiu-se para a sucursal da revista no Rio. Saiu da Veja em 1984, indo para a revista Isto É, na qual assumiu, primeiro, como editor adjunto e depois como editor de fotografia, em São Paulo. Em meados de 1988, recebeu convite da Agência Estado (O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde) para trabalhar na sucursal de Brasília. Voltou para São Paulo em 1991, como um dos editores de fotografia da Agência Estado. Em maio de 1992, retornou para Porto Alegre ao assumir o cargo de editor de fotografia de Zero Hora.
Kadão participou de algumas mostras de fotografia no Brasil e no Exterior. Fez ainda cinco exposições individuais: Uruguai, imagens de uma história recente (1980), Sonhos ao Sol (1987), F-1 – Vida de Cigano (1992), Além da Utopia (1994) e Vietnam – Tempo de Viver (1998). No ano de 1998, foi um dos fotógrafos convidados da II Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba, onde expôs três trabalhos na coletiva Mostra Brasil. Em março de1999, participou, em Porto Alegre, da exposição Os Gaúchos na Bienal de Curitiba II. No mesmo ano, foi um dos autores na 9ª Edição da Coleção Masp/Pirelli, participando da coletiva, do catálogo e tendo seus trabalhos incluídos no acervo do Masp. Em 2003, participou da edição e teve fotos publicadas no livro Cenas da Vida Gaúcha, produzido com material da equipe de fotógrafos dos jornais do Grupo RBS (Zero Hora, Pioneiro, Diário de Santa Maria e Diário Gaúcho). Em junho de 2005, convidado pela embaixada do Brasil Suriname, realizou a exposição Retratos do Brasil e ministrou workshop em Paramaribo. Em 2007, co-editou e publicou fotos no livro Imagens Gaúchas, da RBS Publicações. Sob os auspícios do grupo espanhol Innovation Media Consulting, realizou trabalhos de consultoria na área de fotografia para os jornais El Caribe, na República Dominicana, Diário de Notícias, na Ilha da Madeira/Portugal, Correio, em Salvador, Diário do Norte, de Maringá, e A Tribuna , de Vitória. Também participou como jurado, desde 2010, das últimas edições do Prêmio Conrado Wessel, de Fotografia, em São Paulo, a mais importante e prestigiada distinção da fotografia brasileira. Como convidado especial, foi um dos expositores na mostra Shangai, evento da 4ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre (o FestFoto POA), em 2010. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Ari de Jornalismo – categoria Webjornalismo, em parceria com a repórter Kamila Almeida na reportagem Quartos Vazios.
Em 2013, Kadão Chaves foi o fotógrafo homenageado da 7ª edição do FestFoto POA, quando também apresentou uma retrospectiva de sua trajetória profissional na exposição A Força do Tempo, no Museu de Arte Contemporânea, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Joaquim Felizardo, na categoria fotografia. De 2010 a 2014, escreveu e editou a coluna Reflexo, sobre fotografia, publicada mensalmente no extinto caderno Cultura, do jornal Zero Hora. Atualmente, edita no mesmo jornal a página diária Almanaque Gaúcho, sobre história e memória regional.
Foto: Anderson Astor